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segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Lucy: Crítica do filme #1






Título: Lucy
The New Era's Rating: 3,5/5
Opinião (resumo): É um filme que tem bons efeitos especiais e uma excelente protagonista. Contudo há pouca história. É demasiado simples. Soube a pouco. (Vê a restante crítica mais a baixo) (O trailer encontra-se no fim do Post)

Título Original: Lucy
Género: Ação/Thriller/Ficção Cientifica
Duração: 1 hr 29 min (89 min)
Classificação: M14
Realizador: Luc Besson
Actores: Scarlett Johansson, Morgan Freeman







Sinopse: É um thriller / filme de ficção cientifica que tem como personagem principal Lucy. Esta vê-se envolvida num negócio obscuro, e ao longo da história descobre capacidades outrora inalcançáveis, devido a uma droga que consumiu.


Crítica: (pode conter revelações sobre o enredo)

Quando li a sinopse do filme e vi o trailer confesso que fique expectante. Parecia-me uma mistura de ficção científica com acção (que são dois géneros que gosto). Nisso estava estava certo. Quando o filme começou a acção desenrolava-se em Taipé; mas passado pouco tempo ponderei se não me tinha enganado na sala, ou se estavam a transmitir o National Geographic channel. Estarnho? Pois, também achei. É que quando a Lucy está a ser perseguida ao mesmo tempo aparecem imagens na savana africana, onde se passa uma "caçada" animal.. Percebo a analogia, mas não o porquê de se encontrar neste filme. Foi um risco que o realizador Luc Besson correu e não se saio muito bem.

O filme baseia-se numa tese/pergunta muito simples:
O ser humano usa apenas 10% da sua capacidade cerebral. O que aconteceria se chegasse aos 100%?

Apesar dessa tese não passar de um mito, já  que cérebro não funciona parcelarmente, é uma ideia original. E a forma como a Lucy ingere a "droga" que lhe permite aumentar essa capacidade cerebral está bem concebida. Gradualmente a sua capacidade cerebral vai evoluindo e isso corresponde a diversos patamares dos seus "poderes". A cena em que a droga CPH4 começou a fazer efeito é, na minha opinião, uma das melhores do filme e a representação do ataque epiléptico da  Scarlett Johansson é absolutamente sublime! Os ângulos das câmeras, os efeitos luz/sombra e a própria acção, apesar de se desenrolar no chão de uma sala, tornam estes cerca de três, quatro minutos do filme, bastante intensos e os meus favoritos de todo o filme.
Ao longo do filme Lucy vai fazer um grande aliado, o polícia Pierre Del Rio. É com ele que acontecem partes das cenas que tornam este filme num filme de acção. Acontece uma cena de perseguição policial (que pessoalmente adorei, parecia que estava a assistir a um episódio da série Alerta Cobra). Que me lembre, nunca tinha assistido a nenhum trabalho do actor Amr Waked, e este "policia" surpreendeu-me pela positiva. O espanto e todas as cenas por ele protagonização estão também irrepreensíveis.
Esta super-humana acaba por conseguir controlar tudo e "estar em todo o lado", tornando-se uma espécie de ser omnisciente, omnipresente e omnipotente (sim parece que se torna Deus, pelo menos é possível interpretar assim, já que estas características definem Deus). Contudo parece que com o aumento do conhecimento a parte sentimental. que a define enquanto humana, vai desaparecendo; por isso Lucy usa o Pierre Del Rio como "amuleto" para não se esquecer do seu "coração".
Inicialmente com o objectivo de perceber o que se estava a passar, e mais tarde com o objectivo de partilhar o seu conhecimento Lucy entra em contacto com o conceituado professor de neurociência Norman. Sinceramente não achei esta representação de Morgan Freeman nada de especial (pode haver quem discorde e sei que não é fácil apresentar uma crítica a este brilhante actor, contudo, neste papel, não achei soberba a sua actuação, talvez tenha as expectativas demasiado elevadas para este grande actor). Quando o Professor estava a dar uma aula, a representação foi irrepreensível, parecia que estava literalmente numa, mas houve momentos em que me parecia que o o actor Morgan estava a passar-se pelo Professor Norman! Ou seja, não estava a viver, a sentir, a ser; parecia estar a representar. Isto aconteceu nalguns momentos em que a maneira de agir não parecia a de um professor universitário. Sobretudo pela maneira pausada com que actuou quando viu Lucy.

Em relação ao argumento e à história em si: achei demasiado elementar e quase não havia enredo nem histórias paralelas. Se isso seria possível em hora e meia? Talvez. A questão é que quando os créditos começaram a passar no ecrã eu fiquei ainda na sala a pensar se tinha ou não gostado do filme. Nunca tal me tinha acontecido! E quando essa dúvida persiste por algum tempo não é muito bom sinal. Achei as falas simples e desnudadas de qualquer conteúdo. Parece-me que deviam ter reformular a escrita, mantido os actores e deviam de se ter inspirado na diversidade de ângulos apresentada na cena do ataque epiléptico. Os efeitos especiais estavam bastaste realistas, mas isso seria de esperar num filme de quarenta milhões de dólares.
Houve bastantes alturas que despertaram em mim risos, o que não esperava; mas  foi bom.
A parte final para mim está um tanto absurda! Se a Lucy tem capacidades cognitivas fortíssimas, porque precisa de um género de fios gigantes conectados aos servidores da universidade para transferir toda a informação? E sobretudo: como tanta informação se consegue armazenar numa simples pen usb aparentemente normal? Mais valia simplesmente a protagonista pegar numa pen, ou com o simples pensamento transmitir sem fios a informação (e podia ver-se a "sair" a informação da sua cabeça usando efeitos especais já abundantes ao longo do filme); quanto a mim isso faria mais sentido.
Se recomendo? Tendo em conta o argumento: não. Tendo em conta os efeitos gráficos: sim (apesar de haver melhores). Tendo em conta a representação dos actores: sim. Ou seja, se estás à espera de uma história brilhantemente concebida não vale a pena veres. Se queres expecular sobre uma hipotética hipótese de evolução humana e queres ver um filme de acção, este filme é uma opção a considerar.

+ Informações sobre o filme:
Produção: EUROPACORP/ TF1 FILMS PRODUCTION
País(es): França/EUA//Alemanha/Taiwan
Data de estreia: 2014-08-21 (em Portugal), 2014-08-29 (Brasil), 2014-07-25 (EUA e Canadá)
Ano de estreia: 2014 
Datas de filmagens: Setembro de 2013 
Orçamento: $ 40,000,000 (estimado)
Receita acumulada: $ 313.400,000 (até 2014-09-07)
Receita acumulada (em Portugal): € 942.620 (até 2014-09-03)
Espectadores (em Portugal): 179.152 (até 2014-09-03)
IMDb's Rating: 6,6/10

Trailer:
(Sugiro que ponhas a música da página em pausa para assistires ao trailer sem interferências. Podes Fazê-lo clicando no botão "Pausa" no topo esquerdo da página.)

Se já viste o filme que achaste? Se ainda não viste, mas vais ver, depois deixa aqui a tua opinião!

Bons filmes!


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